Angustia; ansiedade; inconformismo; sensação de impotência; uma vontade, que chega a
doer, de voltar para o meu canto. Tento manter a calma, mas os pensamentos
difusos e desconexos são insistentes.
O medo de não viver e apenas existir
cresci a cada dia. E a esperança podada ,como um galho seco e sem vida, joga
para longe os planos de um futuro agradável que agora parecem uma visão
abstrata e sem forma.
O “quase” mais uma vez machuca. Sempre
o “quase”, uma palavra que gera um sensação de frustração e até de
incompetência. Me esforço para ouvir os que dizem “Vai aparecer algo melhor.
Tudo vai melhorar.” E a vontade de desistir e ser apenas mais um robô, que roda
as engrenagens desse sistema falido sem vida e sem cor e que enxerga nas
futilidades o vício de um prazer inebriante ,
assemelha-se a um verme que me coroe por dentro e aumenta com cada
pancada e tombo que a vida me trás. Perdida no vazio desses pensamentos
difusos, desconexos e abstratos a esperança parece um pote de ouro no final do
arco-íris. Sinto-me cansado e tudo ganha um tom cinza melancólico de uma noite chuvosa sem
lua.
Mas lutar contra isso é necessário,
mesmo sem saber como lutar e que armas usar. Preciso acreditar que a luta não
será em vão. Tenho que crer que : hoje é melhor do que ontem e pior do que
amanhã. E assim a vida segue. Dias bons e dias ruins.
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